Os outros trazem alguns retratos nossos...

Por inúmeras vezes pude contemplar "minha vida" em canções de quem se quer sabe que existo, em palavras de quem está ao meu lado, mas não me conhece. Melodias, textos, roteiros, expressões das mais espontâneas já me disseram tanto sobre mim e traduziram tão bem realidades extremamente particulares, daquelas singulares mesmo, que cabem a nós e a quem íntima e essencialmente nos conhece. Partindo dos frutos destas minhas maravilhosas experiências de identificação, desejo que outros provem desta graça através de minha vida.

De fato, os outros podem trazer - e trazem - alguns retratos nossos...

Abraço fraterno,

Shalom a vós!!!


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Me permiti

Me apaixonei pelo vento
Que soprou forte
Estremeci como navegante na tempestade

Fui seduzida pelo desconhecido
Ele sorriu para mim
Me entreguei como se fosse a única vez

Num instante quis tudo,
Me permiti, escolhi, dei e recebi
Não fugi, nem me preocupei
Nada poupei

Foi breve e esperado,
Mas não programado
Ora, contradito é o escondido

E o vento cessou
Ficou a feliz lembrança
E tudo passou
Breve como a infância

Deixei o vento soprar
Trazer e levar
Deixei o desconhecido sorrir
Amei e também sorri

Me permiti...

Se me perguntarem:
Mas se passou, de que valeu?

Valeu o excesso que o vento levou
O temor que despertou o ME

Valeu o sorriso do desconhecido
O brilho nos olhos
E a cor do meu sorriso

Valeu a paixão e o amor
Como vale uma aventura e a vida
A coragem de assumir riscos
Se entregar, viver

2 comentários:

  1. Não tinha lido esse.
    Perfeito
    Só pelo execesso que o ventou levou já valeu a aventura.
    E somente quando o vento leva os execessos que percebemos que eles estavam em nós o tempo todo.

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  2. Diz muito para quem já foi em missão ...

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