Os outros trazem alguns retratos nossos...

Por inúmeras vezes pude contemplar "minha vida" em canções de quem se quer sabe que existo, em palavras de quem está ao meu lado, mas não me conhece. Melodias, textos, roteiros, expressões das mais espontâneas já me disseram tanto sobre mim e traduziram tão bem realidades extremamente particulares, daquelas singulares mesmo, que cabem a nós e a quem íntima e essencialmente nos conhece. Partindo dos frutos destas minhas maravilhosas experiências de identificação, desejo que outros provem desta graça através de minha vida.

De fato, os outros podem trazer - e trazem - alguns retratos nossos...

Abraço fraterno,

Shalom a vós!!!


domingo, 9 de maio de 2010

A intensidade de viver

Falar sobre a intensidade de viver é conseqüência da vida vivida com intensidade. E o que é viver com intensidade senão reconhecer o valor elevadíssimo e conseqüente, fruto, das experiências todas de todos os dias? Busco viver assim, com intensidade. Se consigo? Na maioria das vezes não, mas desejo. Faz parte de "meus reconhecimentos" assumir que é trabalhoso reconhecer o valor de uma decepção, de uma frustração, de momentos difíceis e por inúmeras ocasiões me vi refletindo sobre este assunto. É complicado para mim, talvez por minhas distrações e dificuldades em traçar uma rota e segui-la com rigor. Um dia desses ouvi uma frase interessante, é quase assim: "Um rio não segue um curso reto até o mar e para seguirmos o trajeto do rio, é preciso 'fazer' com ele suas voltas, para assim acompanhar o desembocar do rio no mar", talvez essas minhas "voltas" - disfarçadas de distração - sejam o "acompanhar natural do curso deste rio da vida" que sempre desemboca no mar, e realmente acredito que "as águas de minha vida" tornar-se-ão um dia uma só água. Assim espero e por este "momento" anseio profundamente.
Me impressiono com facilidade ante os acontecimentos da vida: aqueles muito simples, de forma bastante especial, e que tendem a passar sem serem JUSTAMENTE valorizados. Falo de um simples "bom dia" recebido numa manhã nublada, de um sorriso suave e verdadeiro ou de um e-mail (neste tempo de tanta tecnologia) convidativo a uma reflexão ou simplesmente portador de uma saudação singela mas que faz toda a diferença num desses dias "sem graça" aos nossos olhos tão cheios e facilmente convencidos de e por superficialidades. Será que alguém pode dizer-se imune do efeito maravilhoso de um destes momentos cheios da doçura singular que trazem aos corações humanos a verdadeira graça de ser humano? Eu não posso.
Acredito na identificação das pessoas com o amor e com a busca natural de todo e qualquer homem pela felicidade. Aliás, tenho em minha vida o amor como o ponto maior da verdade de ser quem sou e a felicidade como a plena vivência desta verdade. Penso com tristeza que muitos vivem enganados por não viverem a intensidade de ser quem são, por não viverem de fato, por não amarem. Muitos dizem sonhar com a felicidade, neste momento sinto-me privilegiada por não apenas sonhá-la, mas por vivê-la. Pode parecer presunçoso, mas ainda não consegui encontrar argumentos que pudessem me contradizer e não achei quem o fizesse, embora reconheça a imperfeição de minha feliz existência. A alegria difere da felicidade, costumo dizer que a alegria é passageira, embora um sentimento magnífico! A felicidade que vivo, que experimento, que tenho a cada novo dia e instante a oportunidade de provar é fruto da árvore de uma decisão séria, de uma opção por ser feliz. Alguém muito especial me mostrou e ensinou-me com a vida, que "amar é uma decisão". Além desta verdade que preciso aprender sempre, aprendo, provo e comprovo constantemente que ser feliz é conseqüência desta decisão.
A maior experiência de intensidade em viver verdadeiramente a vida e a humanidade de ser quem sou é exprimida nesta opção livre por amar. Logo, por ser feliz.